Baixa tolerância à frustração na infância: um caso clínico com um migrante no Panamá

Caso clínico con migrante en Panamá

Resumo

A baixa tolerância à frustração (BTF) é uma resposta que implica um desajuste por parte de alguém que não aprendeu a adiar o reforço. É uma condição que prejudica quem a desenvolve. Quando ocorre em crianças migrantes, cria-se uma relação disfuncional tanto com a família como no centro educativo. O desconforto de não obter satisfação imediata das supostas necessidades produz respostas imaturas e desadaptativas. Objetivo: Apresentar a eficácia da técnica de reestruturação cognitiva para a intervenção da baixa tolerância à frustração, como alternativa instrumental na clínica psicológica. Foi utilizada a Metodologia de Estudo de Caso Clínico. O caso estudado apresenta uma estrutura familiar caracterizada por uma mãe com papel fragilizado, uma irmã mais nova, o paciente identificado e um pai ausente a maior parte do tempo. Com a conceituação cognitiva, foram obtidos pensamentos automáticos que geraram significados “terríveis, catastróficos, derrotistas” e emoções negativas com comportamentos disfuncionais. Na Escala de Avaliação da Atividade Global inicial de 55 pontos com sintomas moderados, até EEAG de 80 pontos (no seguimento). Através da reestruturação cognitiva, conseguiu-se um aumento na capacidade de autorregular as suas respostas de melhor tolerância à frustração, o que se expressa em comportamentos que favoreceram a aprendizagem através da realização de tarefas escolares, do seu planeamento e da sua conclusão.